Projeto Catalogando Memórias

Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (SECULT)
PRÊMIO FOMENTO CULTURA E ARTE DO CEARÁ - LEI ALDIR BLANC

Número da Inscrição: on-1951276379
Nome do Projeto: Catalogando Memórias
Categoria: Pessoa Jurídica - Categoria II - Leitura, Acervo e Memória

Instituição responsável
Nome: Associação dos Engenheiros da Rede Viação Cearense (AERVC) / Museu Ferroviário do Ceará
Descrição: A Associação dos Engenheiros da Rede Viação Cearense (AERVC), foi criada em 1964 visando à promoção da cultura ferroviária através de eventos técnicos e educativos, alinhados ao desenvolvimento e aperfeiçoamento do modal. É a mantenedora do Museu Ferroviário do Ceará.
Razão Social: ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA REDE DE VIAÇÃO CEARENSE - AERVC
CNPJ: 07.133.150/000112
Email: aervcearense@gmail.com
Telefone: (85) 99091-3334 (Marcos Cabral - Presidente)
Endereço: Rua Senador Alencar, 646 - Altos, Sociedade Beneficente, Centro, 60030-050, Fortaleza, CE
Site: http://museuferroviariodoceara.blogspot.com/ 

Apresentação
A presente proposta consiste na realização coletiva de atividades que tem como mote a memória ferroviária. Pretendemos trabalhar em três instituições sem fins lucrativos. A Associação dos Engenheiros da Rede Viação Cearense (AERVC), proponente do projeto, que irá catalogar o acervo do Museu Ferroviário do Ceará da qual é mantenedora. O Memorial da Ferrovia de Monguba com a exposição fotográfica virtual da Estação de Monguba. E a Associação dos Ferroviários Aposentados do Ceará que irá participar do mini documentário Memórias Ferroviárias (com os objetos do Museu Ferroviário - objetos da catalogação). O projeto também irá propor ações de acessibilidade e seu encerramento será com a disponibilização em virtual do banco de dados catalográfico do acervo no Tainacan.

Justificativa
A história da Ferrovia no Ceará começa na época do império. Em 30 de novembro 1873, partia de Fortaleza o primeiro trem, uma locomotiva a vapor conhecida como Maria Fumaça. Saindo da capital os trilhos passaram por várias cidades e chegaram até o sertão. Conhecida como Central, a estação João Felipe de Fortaleza foi inaugurada em 9 de junho de1880. Nesse ano de 2020 ela completou 140 anos. A construção da ferrovia foi de fundamental importância para o desenvolvimento do estado. Impulsionou a economia, gerou muita riqueza e era o principal transporte dos mais pobres. No período das secas muitos retirantes vinham do interior para tentar a sorte na capital. O trem transportava pessoas doentes para Santa Casa e mercadorias diversas eram trazidas para abastecer os armazéns, casas de comércio, mercados e indústrias. O algodão, nosso principal produto, chegava de trem até o porto e de lá era transportado em navios para Europa. Durante a implantação da ferrovia foram construídas oficinas de conserto, produção de peças e até vagões de trem. Na periferia de Fortaleza, na estação Demósthenes Rockert, funcionava uma importante oficina que ficou conhecida popularmente como “Oficina do Urubu”. Esse local foi vital para a manutenção da ferrovia. Lá existiam fundição, torno mecânico para produção de peças e vagões, uma infraestrutura com tudo o que era necessário para atender as demandas da malha ferroviária. No início tudo era importado da Inglaterra inclusive as duas primeiras locomotivas. Relógios, telégrafos, ferramentas, peças diversas, móveis antigos entre outros, foram trazidos de lá e faziam parte da infraestrutura do enorme complexo ferroviário. A desativação das oficinas, das estações e de importantes linhas deram origem a um imenso e riquíssimo acervo que guarda a memória e a história da ferrovia do Ceará. Infelizmente, ao longo dos anos, o descaso e o desinteresse das autoridades em salvaguardar esse patrimônio fez com que houvessem extravio, roubo, falta de manutenção e degradação das peças. A Associação dos Engenheiros da Rede Viação Cearense (AERVC) através de seu associados, luta incansavelmente há anos pela preservação desse material. E quando falamos em preservação, não estamos associando somente à conservação física de cada objeto, mas também ao que ele traz de informação, de história. Por isso propomos através desse projeto, a catalogação imediata desse acervo museológicos, alinhada a tecnologia digital em banco de dados publicado na Internet. Todas as informações coletadas serão acompanhadas de fotos e detalhes histórico e curiosos de cada peça. Através do software Tainacan pesquisadores, historiadores, educadores, jovens, crianças e adultos, e todos os amantes da história da ferrovia no mundo terão acesso a um pedaço desse passado. Outro ponto importante nesse projeto é a montagem da exposição fotográfica virtual do Memorial da Ferrovia de Monguba, que será composta por cerca de 50 documentos históricos (fotos, recorte de jornais, cartas etc.), acompanhados de textos e audiodescritos, que servirão para pesquisa, principalmente das novas gerações, oportunizando a estes conhecerem objetos que pertenceram a uma determinada época e às lembranças por trás de cada um deles. Isso fortalecerá os laços com a cidade e consequentemente com a história pessoal de cada visitante virtual. Destaque também para o mini documentário sobre Memórias Ferroviárias que será realizado com os aposentados da RFFSA, quando ajudarão na identificação de algumas peças e na descoberta das histórias que existem por detrás delas. O registro desses saberes e o mapeamento das lembranças, além de ajudar a identificar peças do acervo, proporcionará o conhecimento de experiências que foram vividas e serão repassadas dando continuidade assim, ao fio da História. Outro ponto relevante é que além de fomentar a cultura e o conhecimento, o projeto chama atenção para a importância do papel social da memória na construção da identidade. Ações de acessibilidade complementam a proposta, pois a inclusão através do acesso aos bens culturais é um direito de todos, ainda mais de conhecer a história do seu lugar, e construir sua identidade, uma forma mais sensível de estar no mundo. Terminamos com as palavras da memorialista Ecléa Bosi: “O passado reconstruído não é um refúgio, mas uma fonte, um manancial de razões para lutar. Então, a memória deixa de ter aqui um caráter de restauração do passado e passa a ser geradora do futuro.”

Objetivo geral
Fomentar o debate acerca da atual realidade do patrimônio material e imaterial ferroviário brasileiro, com ênfase na importância da memória dos ferroviárias. 

Objetivos específicos
- Realizar a conservação preventiva em 500 objetos do acervo do Museu Ferroviário; 
- Catalogar 500 objetos do acervo do Museu Ferroviário; 
- Disponibilizar para pesquisa na Internet (através do software Tainacan) dados catalográficos de 500 objetos do acervo do Museu Ferroviário (com fotos); 
- Realizar um documentário (30 minutos) com as Memórias Ferroviárias de 04 aposentados da RFFSA; 
- Montar a exposição fotográfica virtual do Memorial da Ferrovia de Monguba.


PRODUTOS
Exposição fotográfica virtual do Memorial da Ferrovia de Monguba.



Documentário “Ferroviários: Museu e os Objetos de Memória".



Catalogação de 500 peças do acervo ferroviário.




Equipe técnica
Coordenação: Myreika Falcão
Assessoria em História da Ferrovia: Hamilton Pereira e Marcos Cabral
Pesquisa e Catalogação: Antonio Camocim, Clenilton Melo, Ivânia Maia, Myreika Falcão e Valdemir Balbino



ESTE PROJETO É APOIADO PELA SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA, ATRAVÉS DO FUNDO ESTADUAL DA CULTURA, COM RECURSOS PROVENIENTES DA LEI FEDERAL N.º 14.017, DE 29 DE JUNHO DE 2020.

Parceiros:
ASSOCIAÇÃO DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA FERROVIÁRIA DO CEARÁ (APREMFECE)

APOIO:



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